domingo, 25 de outubro de 2009

Primeira Parte



Olá a todos, queridos Companheiros.




Hoje é o dia em que tomo coragem para publicar uma história da minha autoria.


Não vos posso contar muito, pois também ainda não sei o que se passará a seguir.




Eis o que vai acontecer: Todas as semanas (espero eu) deixarei aqui um pouquinho de uma história que estou a escrever. Não posso apelidar isto de livro, pois nunca foi publicado antes, e é algo que ando a escrever aos poucos (ainda nem vou a meio).




A personagem principal é Eleanor, a familia e os poucos amigos próximos chamam-lhe "Rainbow" (Arco-Íris), pessoalmente, Eleanor prefere que lhe chamem Elle. Tem 16 anos, quando a nossa história começa, e algo que ela define como "maravilhoso" mas os outros como "trágico" acontece no dia do seu vigésimo aniversário.


















"Rainbow até aos vinte"


Capítulo 1

Recordações de Menina

- Mamã, mamã! Vem! – Chamei do quintal.
- Estás bem, amorzinho? – Perguntou-me alarmada a minha mãe, enquanto corria de braços abertos na minha direcção.
Eu estava sentada na relva, a brincar com o meu urso de peluche, quando avistei algo que me deixou intrigada e ao mesmo tempo, fascinada.
A mãe abraçou-me e pude ver que estava a fazer bolinhos quando a chamei, pois ainda tinha as luvas quentes calçadas, o cabelo com alguma farinha e exalava um peculiar cheiro a bolos de manteiga, os meus favoritos, acabados de cozinhar. A mamã sempre fora uma óptima cozinheira, quando se limitava a seguir as receitas. Era bastante imaginativa, e inventava sempre pratos esquisitos, que na maior parte dos casos não saíam lá grande coisa. Foi isso que a fez ficar sem emprego umas quantas vezes. Por sorte, com as suas habilidades e os conhecimentos do papá, conseguia sempre uns pequenos trabalhos como cozinheira para eventos especiais, como festas de aniversário ou jantares que as pessoas consideram demasiado importantes para se porem a cozinhar.
- Mamã, olha! – Apontei para o alvo da minha admiração, que se encontrava agora a poucos centímetros do meu nariz.
- O quê, minha querida? – Virou de novo o rosto na minha direcção, depois de olhar para o sítio que eu apontara, e os seus lindos caracóis bateram na pequena luzinha branca que pairava mesmo acima do meu nariz.
- Para onde foste? – Perguntei à luz, olhando em redor, sem obter resposta – Mãe! Estava mesmo aqui – apontei para o meu narizinho arrebitado – e tu assustaste-a!
- De que estás a falar Rainbow? Já te disse montes de vezes que não gosto destas brincadeiras. – Repreendeu-me – Vai para dentro e lava as mãos para irmos lanchar. Chama também as tuas irmãs.
- Mas mamã, eu não estou a ment…
- Sem protestar, Eleanor. – Interrompeu-me, cansada.
Queria dizer-lhe que não era nenhuma brincadeira, que desta vez falava a sério, que sabia que era algo que nenhuma de nós tinha visto antes, algo belo e misterioso, mas ao ouvir a sua voz exausta, percebi que naquele dia não estava com disposição para levar a sério uma criança de oito anos.
Lavei as mãos e avisei a Rebecca e a Amanda que a mãe já tinha o lanche pronto. Tentei contar-lhes sobre o que tinha visto, mas quando comecei a falar já ambas iam a meio das escadas, pelo que desisti de tal tarefa.
Nessa altura, Rebecca e Amanda eram as raparigas mais cobiçadas pelos rapazes e invejadas pelas raparigas no liceu. As gémeas bonitinhas, loiras, e com tons de olhos diferentes. Os olhos de Amanda, acinzentados, eram sem dúvida os olhos da avó Laura. Já Rebecca, tinha os olhos da mãe, de um azul-turquesa brilhante. As duas achavam-se demasiado superiores, crescidas, para falarem com meninas como eu, que ainda dormiam com o ursinho de pano que e chuchavam no dedo.
O pai não foi lanchar, como já era hábito.
Quando acabei de comer enchi um pequeno prato com bolinhos e um copo com sumo de laranja e levei tudo ao escritório do papá. Bati à porta antes de entrar e deixar o prato e o copo em cima da secretária. O papá agradeceu, sem que o seu olhar deixasse de incidir no ecrã do computador. Fiquei onde estava, a olhar para ele, tentando falar, mas hesitei e não disse nada até ele olhar para mim e perguntar o que se passava.
- Precisas de alguma coisa minha querida?
- Não papá. – Acabei por dizer depois de alguns momentos de reflexão.
No meio de tanto trabalho, o pai nunca teria tempo para me ouvir com atenção. Limitar-se-ia a acenar com a cabeça esperando que eu terminasse o discurso e fosse embora, deixando-o à vontade para trabalhar.
Eu sabia que ele não o fazia por mal, queria apenas sustentar a família, e tinha de o fazer sozinho visto que a mãe estava desempregada.
Saí do escritório fechando a porta atrás de mim, e fui deitar-me na relva húmida esperando ver a pequena luz outra vez, mas ela não voltou a aparecer durante toda a tarde, pelo que fui jantar e depois brincar com o nosso cão, Pooh, como eu lhe chamava, até serem horas de ir dormir.
Lembro-me bem de não ter adormecido logo, de me revirar na cama vezes sem conta e a imagem da estranha criatura não me sair da cabeça. Mesmo quando adormeci, o meu subconsciente sonhou com luzes que dançavam à minha volta, todas brancas, e, de certa forma graciosas, embora eu não lhes conseguisse ver o rosto ou o corpo.

Rosemarie Anne

Aqui vos deixo o primeiro "quadradinho deste chocolate". Espero que seja do vosso agrado e que fiquem com vontade de saborear mais um pouco.

Deixem a vossa opinião.

Até lá, desejo-vos adocicadas aventuras.

Rosemarie Anne



sábado, 24 de outubro de 2009

Bons Sonhos, Companheiros


Doces Leitores,

Antes de mais, um grande Olá com sabor a algodão doce a todos!


Penso que devo começar pelas apresentações. O meu nome é Rosemarie Anne, tenho 19 anos, e nasci em Londres, tendo lá vivido o início da minha saborosa vida. Mudei-me para Nápoles na adolescência, e agora aqui estou eu, em Portugal.


Escrevo este Blog para partilhar com vocês algumas deliciosas aventuras, que até agora, eram apenas sonhos no meu caderno pautado.


Com as sinceras esperanças que possamos ser grandes companheiros de aventura,

Um abraço achocolatado,

Rosemarie Anne.